Enviada:
terça-feira, 4 de março de 2008 0:11:51
Para:
Lionel,
agradecemos seu elogio. Tenha certeza de que estaremos sempre trabalhando para melhorar ainda mais a nossa qualidade. Continue participando.
Cordialmente, Central Globo de Comunicacao
===== Mensagem original =====De: Lionel
Texto:.................................................."Parabens ..exelentes reportagens sobre desvios de dinheiro das prefeituras.......pena que não achei nada para por no meu blog.......talvez vocês coloquem mais tarde.......vou procurar.......Dr. Roberto Marinho deve estar super contente....dizendo lá em cima....TÁ VENDO MEUS PUPILOS ESTÃO SEGUINDO DIREITINHO O QUE EU ENSINEI....CONTRIBUINDO PARA UM PAÍS MELHOR...Parabéns Parabéns à todos...."
02.03.2008
Investigações revelam um festival de corrupção
Um prefeito acusado de anunciar numa rádio pirata, outro que compra 22 aparelhos de ar condicionado para instalar numa rampa ao ar livre. Estas são apenas duas histórias de corrupção nas prefeituras de São Paulo.
No ar, a Rádio Clube FM, de Araçariguama. Na programação, música sertaneja, axé e vários anúncios da prefeitura.
Nesta semana a rádio foi fechada. Ela não tinha autorização para funcionar. Segundo a polícia ela estava interferindo na comunicação dos aviões. A investigação agora é para saber se a rádio pirata era mantida com dinheiro público.
“Nós localizamos, no computador, várias fotografias com funcionários da prefeitura e esses funcionários mostrando a construção da própria torre em que a antena foi instalada”, conta o delegado Luiz Storni.
Um dos homens é o motorista da prefeitura.
“Durante o expediente ninguém trabalha em nada que não seja normal ou do dia-a-dia. Agora, fora do expediente, cada um tem o seu livre arbítrio”, afirma o prefeito de Arçariguama Carlos Aymar.
Ele diz que não é função de prefeito combater rádio pirata.
“Eu sempre ouvi rádio pirata, só ouço, não pega outra. Eu nunca ouvi a propaganda, você que está me dizendo da propaganda”, diz ele.
A denúncia da rádio pirata vai se juntar a outras 1.560 que estão em andamento no estado para apurar envolvimento de prefeitos em vários crimes. A maioria das denúncias envolve licitações fraudulentas e desvio de dinheiro.
Um dos mais investigados é o prefeito Armando Tavares Filho, o Armando da Farmácia, de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Entre as acusações está o superfaturamento de obras e lavagem de dinheiro.
O advogado do prefeito, Paulo da Silva Passos, desafia os promotores.
"O Ministério Público não é nada. O Ministério Público não é a autoridade que se pensa que seja”, afirma ele.
Quando se candidatou em 2004, Armando da Farmácia declarou que tinha apenas 50% de um imóvel, avaliado em R$ 80 mil. Hoje o Ministério Público apura denúncias que ele comprou, pelo menos, oito fazendas e registrou em nome de outras pessoas. Ele também teria um hotel no litoral paulista e uma casa avaliada em R$ 2 milhões. Os bens estão bloqueados pela Justiça.
“Eu não tenho nenhum desses bens. O bem que eu tenho está declarado no Imposto de Renda. Esses outros bens aí eu desconheço”, diz o prefeito.
Em São Caetano, cidade da Grande São Paulo, conhecida pelos bons índices de qualidade de vida, o que parecia um benefício para os moradores, se tornou o centro de um escândalo.
Segundo o Ministério Público há indícios de fraudes na maioria das licitações dos últimos 13 anos. Em depoimento, o empresário que recebeu R$ 16 milhões da prefeitura disse que, pelo menos, três vezes entregou parte do valor das outras para José Auríquio, atual prefeito de São Caetano.
“Ele disse que não executou a obra, recebeu por ela e tudo foi já previamente combinado para que ele pegasse dinheiro e repassasse para o atual prefeito de São Caetano”, afirma a promotora de Justiça Sandra Reimberg.
Em algumas das licitações investigadas na cidade de São Caetano do Sul, o Ministério Público diz que nem precisou de muito tempo para comprovar o desvio de dinheiro público.
Para a construção de uma rampa para deficiente físico, por exemplo, foram pedidos 22 aparelhos de ar-condicionado. Mas não existe local para instalação, teria que ser ao ar livre.
A investigação mostra que, em 2002, a prefeitura pagou por todos os itens da licitação, incluindo os aparelhos de ar-condicionado. Depois eles foram encomendados de novo. Desta vez para cozinhas e banheiros de escolas públicas.
“Um prefeito vai colocar ar-condicionado em banheiro de escola pública? Só de olhar aquilo nós já vimos que aquilo era impossível”, diz a promotora.
O prefeito José Eurípio não quis gravar entrevista. Em nome dele falou o corregedor da prefeitura de São Caetano.
“O que nós temos hoje aqui, em termos de documento, de denúncia, diz respeito tão somente a gestão passada”, contou ele.
Há investigações semelhantes em outras 439 cidades de São Paulo.
“Em breve nós teremos diversos prefeitos que não honraram o voto, condenados por má gestação de recurso público”, acredita Rodrigo Pinho, procurador-geral de Justiça de São Paulo.
"A gente tem que chegar a conclusão de que a gente só consegue realmente mudar alguma coisa se a gente começar pela nossa cidade", diz Emerson Ferreira Pinto, presidente da ONG Oeste Solidária.
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