15 preços que mostram como o brasileiro é o povo mais rico – ou o mais otário – do mundo
De uma simples ida ao supermercado à realização do sonho da casa própria, não é improvável que alguma vez você já tenha parado e se perguntado: “afinal, por que os preços são tão altos no Brasil?”. A sensação que fica é apenas uma: estamos todos ricos, ou loucos, só não sabemos ainda. Nossos carros, conhecidos como “as carroças mais caras do mundo”, são caros, mas a situação é muito mais grave do que parece.
Ao tentar dar uma resposta, não é difícil cair em tentação ao simplificar a situação e culpar a ganância dos empresários ou os altos impostos – mas, convenhamos, não é lá muito provável que nossos empresários sejam os mais gananciosos do mundo, não é? Ou você acha mesmo que mexicanos, americanos e ingleses não estão interessados em lucrar o máximo possível com seus produtos? Nem mesmo nosso governo é algo único no mundo quando o assunto é tributação. Apesar de ainda encararmos o título de país com menor retorno sobre os impostos, as alíquotas em si, são semelhantes a uma série de outros países cujos preços são mais razoáveis do que os nossos.
Como não poderia deixar de ser, os preços por aqui são uma consequência de inúmeros fatores – dos mais subjetivos, como a tradicional valorização do brasileiro ao carro zero km e a casa própria, algo que em alguns países não faz muito sentido, seja por que o transporte público funciona, ou por questões culturais, como desapego de marcas e valorização da poupança, ou ainda, questões mais objetivas como a baixa taxa de poupança e investimento que nos acompanha há décadas. Somos ainda o país que menos comercializa com o mundo. Nem mesmo Cuba, que possui um bloqueio comercial, importa e exporta tão pouco como o Brasil em relação ao seu PIB.
Ao desembarcar por aqui, porém, muitas empresas topam se arriscar em um país onde as leis podem mudar a qualquer instante e a burocracia para estar “dentro da lei” é a maior do mundo. Como consequência, boa parte delas compensa seus riscos com margens mais elevadas de lucro, ou atua para garantir alguma proteção do governo, uma garantia de que seu investimento dará um bom retorno – nem que, para isso, o consumidor acabe sacrificado.
Com nossos votos, políticos vêm sendo eleitos e reeleitos para garantir, entre outras coisas, que se torne quase impossível para você importar um carro de outro país com um preço mais “em conta”. Comprar um carro usado de outro país, por exemplo, é proibido por lei. Comprar um carro novo pode lhe exigir além de muita paciência para encarar a burocracia, uma boa disposição para bancar uma alíquota de imposto que pode chegar a 85% do valor do veículo. No centro de tudo, a boa e velha defesa da “indústria nacional”, protagonizada pelas montadoras estrangeiras que aqui se instalam.
Graças às regulações, encaramos situações esdrúxulas, como os carros brasileiros vendidos na Argentina ou no México por preços menores do que aqui. Nada disso, no entanto, parece incomodar nossos políticos, preocupados em não se indispôr com grandes empresas ou mesmo sindicatos de trabalhadores de alguns destes setores. Quem, por exemplo, estaria disposto a encarar o sindicato de metalúrgicos e se arriscar a perder alguns milhares de votos? Tudo o que nos sobra é essa eterna dúvida. Somos ricos ou “trouxas” por encarar estes preços? Abaixo, selecionamos alguns exemplo que podem ajudar a responder essa pergunta.
1) Este ovo de páscoa, fabricado no Brasil e vendido 5 vezes mais barato nos Estados Unidos.
Você provavelmente já está cansado das velhas comparações entre ovos de páscoa e barra de chocolate, não é mesmo? Pois é. Desta vez a comparação é entre um mesmo produto, só que em dois países distintos. Qual a diferença? O produto vendido lá fora vem direto das fábricas da Garoto no Brasil.
No Reino Unido ou no Japão, a discrepância se confirma. Um ovo de páscoa “Kit Kat”, pode ser encontrado em Londres por 1 libra, ou R$ 5, por aqui, R$ 53,89. No Japão, a diferença é um pouco menor. Os ovos de páscoa podem sair por umpouco menos da metade. Tudo fabricado por aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário