sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O que comiam os romanos? CHUMBO


O que comiam os romanos?

A herança cultural do Império Romano ainda se sente, mas sabemos pouco sobre a dieta desta época. Um projecto da Universidade de Évora quer descodificar os hábitos alimentares dos romanos no nosso território.
“As opções na mesa não são normalmente escolhas pessoais”, assegura a investigadora a propósito do novo projectoheroica. “Resultam da condição social ou de classe, das crenças religiosas, do género e do grupo étnico.” As fontes documentais e a informação arqueológica permitem concluir que os cereais seriam a base da dieta romana, a par do azeite, do vinho e dos legumes secos.


Como todos os impérios, Roma nasceu, floresceu e tombou. O motivo é ainda hoje tema de discussão. Surpreendentemente, a resposta pode também estar… no prato. Uma das hipóteses que a equipa do heroica investiga é a possibilidade de o consumo intensivo de um composto resultante do fervimento de vinho em recipientes de chumbo

A hipótese académica foi proposta na década de 1980 num artigo escrito por Jerome Nriagu no prestigiado “New England Journal of Medicine”: o autor sugeriu então que o consumo repetido de vinho fervido ou mosto em recipientes recobertos com uma liga de chumbo e prata, o stagnum, que se tornavam doces  devido à formação de acetato de chumbo, terá jogado um papel considerável no declínio do próprio império pelo envenenamento lento de quem o ingeria. Nriagu foi muito criticado pelo excessivo optimismo das suas generalizações face aos dados da amostra e pela sua certeza (ainda por provar) de que o vinho adocicado era preferido pela aristocracia em prejuízo do “vinho fresco”,

“Sapadefrutum ou carenum eram produtos com diferentes teores de acetato de chumbo obtidos utilizando tempos diferentes de redução do vinho ou mosto original”, explica Cristina Dias. Escasseiam materiais arqueológicos que suportem a certeza da abundância de recipientes de chumbo no mundo romano (provavelmente porque os revestimentos de chumbo dificilmente resistiriam durante dois mil anos), mas conhecem-se textos clássicos que advogam as “vantagens” do seu uso. Plínio, o Velho, e Columela referem muito explicitamente que os recipientes de bronze afectam a qualidade da bebida, pois produzem uma espécie de “ferrugem”, ao passo que o stagnum não produziria consequências visíveis a olho nu no preparado. Na sua “Naturalis Historia”, Plínio comentou mesmo que o romano médio beberia 1 a 5 litros de vinho por dia.

Sabe-se hoje que o envenenamento por chumbo provoca loucura e degeneração mental, e poderá não ter sido meramente acidental o rol de demências descritas nas crónicas de época. Em artigo de 2010 no “Journal of Chemical Education”, Aravind Reddy e Charles Braun, químicos no Dartmouth College, defenderam que, para além dos revestimentos de chumbo, a aristocracia romana utilizaria igualmente produtos de cosmética com este metal e médicos romanos, como Celsus, usá-lo-iam com frequência nas suas poções e preparados farmacológicos. Juntem-se ainda as escavações arqueológicas em Herculano e as análises osteológicas, que permitiram saber que 6 dos 55 esqueletos testados continham teores de chumbo muito mais altos do que o normal (100 a 200 ppm, em comparação com o padrão 20-50 ppm dos Estados Unidos). A hipótese ganha assim um pouco mais de consistência.

As classes mais altas de Roma, que decidiam os destinos do Império, estariam assim em contacto com materiais de chumbo com mais frequência. 


HOJE AINDA É USADO CHUMBO NA GASOLINA DO BRASIL PARA OBTER ENORMES LUCROS E ISSO CAUSA AUSRAIMER NA POPUAÇÃO ...NOS ESTADOS UNIDOS O GOVERNO JA TIROU O CHUMBO DA GASOLINA FAZ MAIS DE 15 ANOS ATRAS COM MEDO DE CADA CIDADÃO QUE TIVESSE AURAIMER PROCESSAR O GOVERNO EM US 1 MILHÃO DE DOLARES CADA UM POR QUE LA A LEI E JUSTIÇA FUNCIONA E O GOVERNO IRIA QUEBRAR ...AQUI NINGUÉM RECLAMA ..DO CHUMBO NA GASOLINA ENQUANTO ISSO A POPULAÇÃO VAI PERDENDO A MEMÓRIA...SEM PARAR ...

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